terça-feira, 17 de março de 2009

Children see. Children do

Children see. Children do (Crianças veem. Crianças fazem)
http://www.youtube.com/watch?v=KHi2dxSf9hw

Mais uma vez a minha aula de Práticas Pedagógicas me servindo de inspiração...(para quem não sabe, eu faço Curso Normal)

Hoje na aula, foi lido o seguinte texto:

As crianças aprendem aquilo que vivem:


Se uma criança vive criticada, aprende a condenar.

Se uma criança vive com maus tratos, aprende a brigar.

Se uma criança vive humilhada, aprende a se sentir culpada.

Se uma criança vive no equilíbrio, aprende a ser justa.

Se uma criança é estimulada, aprende a confiar.

Se uma criança é valorizada, aprende a valorizar.

Se uma criança vive em segurança, aprende a ter fé.

Se uma criança é bem aceita, aprende a respeitar.Se uma criança vive na amizade, aprende a ser amiga, aprende a encontrar o amor no mundo.Talvez estejam aí as respostas para questões como "Meu Deus, por que esse menino é impossível desse jeito?", "Joãozinho, por que você gosta tanto de morder os colegas?", "Mariazinha, você nunca pára quieta, menina!", "Esse Pedrinho é o próprio diabo!", "A Aninha é um amor!". A criança reflete o ambiente em que está inserida, assim como o adulto se torna a imagem do tratamento que recebeu na infância. Logo, não é difícil imaginar o tipo de adultos que se tornarão essas crianças que vivem no meio de guerras, bombardeios e ataques ou o tipo de adulto que serão aquelas que vivem num país que passa por cima de qualquer coisa para sempre reafirmar seu poder.

Já numa relação familiar, se um pai é violento e brigão, a tendência de que o filho também seja assim é imensa. Se uma mãe é justa e amorosa, provavelmente seus filhos assim também o serão. É que a criança é um serzinho tão inteligente, que capta e absorve as coisas ao seu redor com uma agilidade incrível, assimilando-as para sua constituição enquanto sujeitos e, por mais corretos ou errados que estejam os pais em suas atitudes, eles são (os primeiros e eternos!) exemplos de seus filhos. Já deu pra perceber que não é fácil lidar com gente pequena, uma vez que a responsabilidade é mil vezes maior que seu tamanho. Portanto, não é qualquer um que está preparado para passar (e preparar) dias e dias com elas, seja em casa ou na escolinha. Ter tido outros tantos filhos ou ter cursado o magistério também não é garantia dessa preparação. Somente alguém que esteja disposto a escutá-las, entendê-las e respeitá-las em seu tempo, tratando-as como pequenos indivíduos capazes de compreender inúmeras coisas nas quais muitas vezes são subestimados, é capaz de garantir a elas a chance de um futuro harmonioso.

Napoleão já teve suas fraldas trocadas, Cleópatra já mamou, o próprio Hitler já foi embalado com uma canção de ninar e todos nós já tivemos nossos brinquedos. O que está feito já está, deste modo, preocupemo-nos agora com os que cuidarão do mundo amanhã: as crianças. Quem sabe sejamos surpreendidos positivamente...
Depende de nós.


Pamella Tucunduva da Silva

7 colheram o dia:

Anônimo disse...

Achei esse texto interessantíssimo... não somente por causa da questão pedagógica educacional em si, mas por uma questão de relacionamento mesmo, afinal, essas crianças que hoje estão sendo educadas, serão os adultos de amanhã!

Legal esse ponto de vista, parabéns!
Beijos!

Raphael Cordeiro disse...

Nossa eu fiquei arrepiado =/

Boa noite bjus
F
U
I

Daniel Savio disse...

Interessante, mas além de preocupar em ensinar um futuro melhor, temos de pensar em deixar um futuro melhor para elas...

Participação especial no blog?

Fique com Deus, menina Marina Mellow.
Um abraço.

Anônimo disse...

Poutz .. !!
Acabei de comentar sobre isso, num outro blog que estava lendo...

Crianças se espelham muito no que vêem ... realmente ...
O outro post falava sobre essas mulheres que ficam requebrando sem pudor no funk...
Assim, que dance, mas saiba dançar de uma forma menos agressiva, sem se sujeitar a determinados tipos de coisas principalmente em dvd's que sabemos que são vistos por todos os tipos de pessoas e das mais variadas idades.

Imagina, ao prestar atenção em crianças... você uam menina se espelhando numa "mulher SEASA" dessas qualquer para ser quando crescer...
Temos que de fato prestar atenção nas nossas crianças!

Ótimo blog.
Bjos.. xD

kilder disse...

olá, aqui por perto vejo muita criança sem educação, mas quando paro pra perceber melhor...vejo os pais fumando, falando palavrões e jogando lixo por toda a rua...depende de todos nós!!!!!

boa sorte, parabens pelas verdade do texto!!!

Daiane Thomé disse...

É amiga, quando agente é criança a inocencia anda ao nosso lado! =)

e sim mah, ela parecido com o post da borboleta em metamorfose porque agente participa do tudo de blog e era uma pauta para o site =)

beijos, apareça mais.E vc escreve divinamente lindo!

Anônimo disse...

Oi, Marina. Meu nome é Pamella e falo de Venâncio Aires/RS, onde tenho uma coluna no jornal Folha do Mate. Encontrei um dos meus textos no seu blog e fiquei muito feliz em saber que ele está ajudando pessoas e que foi lido na sua sala, aí no Rio de Janeiro (eu sou carioca)!!! Também sou professora e fico feliz em saber que há pessoas preocupadas com a educação em nosso país e que não estão satisfeitas em simplesmente assinar o livro-ponto. Educação é mais, muito mais! As crianças precisam de adultos firmes, decididos, precisam sentir segurança em nós. Também adoro crianças e trabalhei muitos anos com elas. Não vamos desistir nem baixar nossas cabeças. Temos voz para gritar. Quando nos roubarem a voz, nos restarãos as mãos para escrever. Quando nos levarem as mãos, teremos nossos olhos. Quando nos levarem os olhos, sobrarão nossas crianças, que, se bem encaminhadas, terão voz, mãos e olhos por nós. Abraços. Adorei seu blog!!!