domingo, 7 de junho de 2009

Obstruindo a inteligência das crianças e adolescentes


“Esperávamos que no século XXI os jovens fossem solidários, empreendedores e amassem a arte de pensar. Mas muitos vivem alienados, não pensam no futuro, não têm garra e projetos de vida.
Imaginávamos que, pelo fato de aprendermos línguas na escola e vivermos espremidos nos elevadores, no local de trabalho e nos clubes, a solidão seria resolvida. Mas as pessoas não aprenderam a falar de si mesmas, têm medo de se expor, vivem represadas em seu próprio mundo. Pais e filhos vivem ilhados, raramente choram juntos e comentam sobre seus sonhos, mágoas, alegrias, frustrações.
Na escola, a situação é pior. Professores e alunos vivem juntos durante anos dentro da sala de aula, mas são estranhos uns para os outros. Eles se escondem atrás dos livros, das apostilas, dos computadores. A culpa é dos ilustres professores? Não! A culpa, como veremos, é do sistema educacional doentio que se arrasta por séculos.
As crianças e os jovens aprendem a lidar com fatos lógicos, mas não sabem lidar com fracassos e falhas. Aprendem a resolver problemas matemáticos, mas não sabem resolver seus conflitos existenciais. São treinados para fazer cálculos e acertá-los, mas a vida é cheia de contradições, as questões emocionais não podem ser calculadas, nem têm conta exata.
Os jovens são preparados para lidar com decepções? Não! Eles são treinados apenas para o sucesso. Viver sem problemas é impossível. O sofrimento nos constrói ou nos destrói. Devemos usar o sofrimento para construir a sabedoria. Mas quem se importa com a sabedoria na era da informática?
Nossa geração produziu informações que nenhuma outra
jamais produziu, mas não sabemos o que fazer com elas. Raramente usamos essas informações para expandir nossa qualidade de vida. Você faz coisas fora da sua agenda que lhe dão prazer? Você procura administrar seus pensamentos para ter uma mente mais tranqüila? Nós nos tornamos máquinas de trabalhar e estamos transformando nossas crianças em máquinas de aprender.”

 

Trecho do livro: Pais Brilhantes – Professores Fascinantes

LEIAM, É ÓTIMO!

8 colheram o dia:

Victória disse...

Lindo esse trecho de Augusto Cury!
Ele tem rasão, cinceramente! \õ

Victória disse...

sinceramente*
desculpa, é o nervosismo: tou assistindo o jogo do sport, e com certeza ele vai ganhar...

a proposito: que time voce é? ;)

beiijos.

Victória disse...

Nossa! Os nossos times estavam jogando um contra o outro! kkkkkk'
O Sport ganhou, êêêêê! \õõ.

Unknown disse...

Quando estudava de maneira funcional,me questionava sobre o fato de estar me tornando uma maquina,procurando os olhinhos de rôbo,estranho,rs.Mas todos nos acordamos,e acabamos odiando o fato de ver crianças passando pelo inferno educacional que passamos um dia,beijão e lindo post!

Mila disse...

Nao sou mto fa de Augusto Cury nao, mas nao posso negar que ele ta certo. Hoje os sentimentos estao tao informatizados, ne?

bjooo

Unknown disse...

Gostei de como sua cabeça é voltada ne...a uma mudança tao profunda para uma pessoa de sua idade.....

mudar é sempre necessario..sem enganos

bjao

Larissa disse...

Nossa, muito verdadeiro esse texto.
O novo sistema, seja educacional, seja político é cada vez mais devastador das relações entre as pessoas.

Muito bom.
bjs
;**

Daniel Savio disse...

É interessante o post, acho que a nossa geração se importou em se esperta e não sabia (para mim são coisas diferentes)...

Fique com Deus, menina Marina Melow.
Um abraço.